Crédito: João Vitor Pereira | CEC
Com apenas sete anos, Guilherme da Costa Garcia, conhecido como Gui, nutre uma enorme paixão pelo Criciúma. Essa admiração pelo Carvoeiro se tornou uma força essencial em sua batalha contra o câncer, diagnosticado há dois anos.
Após enfrentar um longo e difícil tratamento, Gui celebrou a vitória sobre a doença no mês passado e, nesta semana, teve a oportunidade de comemorar esse momento ao lado dos jogadores do Tigre.
Gui foi diagnosticado com osteossarcoma em agosto de 2022, quando tinha apenas cinco anos. No início de 2023, os médicos recomendaram a amputação de uma das pernas para continuar o tratamento do tumor no fêmur.
— Lutamos muito, fizemos quimioterapia e consultamos diversos especialistas para tentar evitar a amputação, já que ele sempre amou futebol. Porém, a melhor opção para garantir sua sobrevivência era amputar a perna — relatou sua mãe, Elizandra da Costa Garcia.
Pequeno Gui, torcedor do Criciúma que venceu o câncer ósseo — Foto: Redes sociais
Após a cirurgia, Gui passou por oito meses de quimioterapia intensa e chegou a ficar sete meses em remissão. No entanto, em novembro do ano passado, a doença atingiu seus pulmões, e desde janeiro ele iniciou novos tratamentos, incluindo uma cirurgia para remover nódulos.
No dia 30 de agosto, Gui concluiu sua última sessão de quimioterapia, um marco celebrado com entusiasmo pela equipe médica do Hospital São José, em Criciúma. Vestindo a camisa do Tigre, Gui comemorou o fim do tratamento, com todos os exames indicando que ele havia finalmente vencido a doença.
A vontade de conhecer o Estádio Heriberto Hülse nasceu após Gui ter contato com os jogadores do Criciúma na Casa Guido, uma instituição que apoia jovens com câncer. Durante uma ação social promovida pelo clube, os atletas jogaram bola com ele e prometeram levá-lo ao Centro de Treinamentos.
— Quando a assistente social nos ligou com o convite, ele ficou muito empolgado.
Nesta quarta-feira, 11 de setembro, o tão esperado encontro aconteceu. Gui entrou no gramado do Heriberto Hülse ao lado dos ídolos do clube, realizando embaixadinhas e até cobrando um pênalti. Foi um dia inesquecível para o pequeno torcedor.
— Ele já havia assistido a um jogo, mas nunca tinha pisado no campo. O carinho e atenção de todos foram incríveis. A assistente social Fabi foi muito querida, e os jogadores foram extremamente simpáticos, tiraram fotos e autografaram a camisa dele. Foi um dia especial — concluiu Elizandra.