Brasileirão 2024: Confira a análise técnica e tática do Cuiabá

Clube sai atrás em relação a outras temporadas na busca pela manutenção na Série A


Data: 14/04/2024 - Por: Da Redação


Crédito: Assessoria / Arquivo

Brasileirão 2024: Confira a análise técnica e tática do Cuiabá

Antes da primeira rodada do Brasileirão 2024, Cuiabá e Flamengo compartilham uma característica única entre as 20 equipes participantes: ambos estreiam na competição sem terem perdido um jogo sequer na temporada. Embora isso possa sugerir uma alta expectativa para o Dourado, há um detalhe que dificulta essa avaliação: o nível de competição.

O time do Mato Grosso é um dos mais difíceis de analisar antes do início da Série A, devido ao baixo grau de exigência enfrentado no Campeonato Mato-Grossense. Com apenas dez clubes na competição estadual, nenhum deles está sequer na Série C nacional. Além disso, na Copa Verde e na Copa do Brasil, o Cuiabá não encontrou oponentes acima do nível da Série D.

Portanto, há apenas duas semanas que o Cuiabá começou a enfrentar adversários de maior calibre, com o início da Copa Sul-Americana. Embora não seja culpa do clube, isso certamente apresenta um desafio quando o nível de competição aumenta. Ajustar-se a essa realidade é o desafio atual, e agora com uma peculiaridade adicional.

O Dourado inicia o Brasileirão sem um treinador efetivo. António Oliveira aceitou a proposta para comandar o Corinthians há mais de dois meses, e desde então, quem tem dirigido a equipe é o auxiliar fixo do clube, Luiz Fernando Iubel. A diretoria já afirmou que não efetivará o profissional e continua em busca de um substituto criterioso.

Embora Iubel tenha experiência em comandar o Cuiabá de forma interina em outras ocasiões, e seja bem aceito pelo elenco, é inegável que o clube enfrenta um desafio maior nesta temporada em sua busca pela manutenção na elite nacional. Desde 2021, o Dourado se mostrou organizado e competitivo na Série A, e seu objetivo principal continua sendo a permanência na categoria.

Com a continuidade dos padrões estabelecidos por António Oliveira, Iubel ajustou a equipe para enfrentar os desafios vindouros. A perda de Raniele foi compensada com a mudança de Lucas Mineiro para a função de primeiro volante. O elenco conta com mais opções em comparação com temporadas anteriores, com a chegada de reforços como Railan, Ramon, Bruno Alves, Lucas Fernandes, Max e André Luís.

Taticamente, o Cuiabá tem variado entre o 3-4-3 e o 4-3-3. A primeira opção deve ser mais frequente na Série A, visando a escalação simultânea de Marllon, Alan Empereur e Bruno Alves na zaga, enquanto libera Matheus Alexandre e Ramon para o ataque, além de minimizar problemas defensivos na entrada da área.
 


Base do time cuiabano no 3-4-3 — Foto: Rodrigo Coutinho

É importante destacar que, desde o ano passado, quando o Cuiabá adota uma postura defensiva mais recuada, a equipe forma uma linha de cinco na defesa. Isso ocorre mesmo quando adota o esquema tático inicial de 4-3-3. O primeiro volante, nessas circunstâncias, tem a responsabilidade de se juntar à linha defensiva para reforçar a área. Lucas Mineiro desempenha o papel anteriormente realizado por Raniele.

O desafio muitas vezes está em oferecer mais resistência na região em frente à área. A equipe sofreu alguns gols devido à liberdade concedida nessa área. Com três zagueiros naturais, Lucas Mineiro pode desempenhar a função de proteção à frente da linha defensiva ao lado de Fernando Sobral, que antes contava com a companhia de um meio-campista com menor participação defensiva, como Lucas Fernandes ou Max.

Uma observação interessante é a composição da linha ofensiva. Iubel tem frequentemente escalado Dérik Lacerda, Deyverson e Isidro Pitta. Essa formação já era utilizada em 2023, mas se tornou ainda mais comum agora. É um trio com grande presença física e habilidade para segurar a bola de costas para o gol. Eles também vencem muitos duelos aéreos. Pitta, com 1,83m, é o mais baixo do trio.

Essas características têm influenciado a maneira de atacar. Se o adversário pressiona alto, são feitas bolas diretas para que eles vençam os duelos e avancem rapidamente. Dérik é particularmente veloz! Se o oponente recua mais, o trio se aproxima pela faixa central, sempre buscando empurrar a defesa adversária para trás, buscando contato para receber de costas e se conectar em seguida.


A variação citada acima. Recuo do primeiro volante para a linha defensiva quando o bloco de marcação recua mais — Foto: Rodrigo Coutinho

O envolvimento dos alas em fornecer apoio amplo à equipe é crucial. Eles podem ser acionados na linha de fundo ou servir os atacantes com passes rasteiros mesmo na intermediária ofensiva. Isso ocorre independentemente do esquema tático adotado. No esquema 4-3-3, por exemplo, Lucas Mineiro se insere entre os zagueiros para criar uma saída de três e liberar os laterais contra defesas mais compactas.

Outra estratégia que o Cuiabá utiliza para tentar abrir espaços é posicionando os pontas bem abertos pelos flancos e executando rápidas inversões de jogo. Alan Empereur e Lucas Fernandes desempenham essa função com eficácia. Nesse caso, os laterais avançam com menos frequência.

Quando recebem a bola nas extremidades do campo, os pontas contam com as infiltrações dos meio-campistas nas lacunas entre os zagueiros e laterais adversários. Fernando Sobral e Max executam essas movimentações com agressividade.


Time-base do Cuiabá no 4-3-3. Sai Empereur e um meia mais criativo entra no meio-campo. Pode ser Lucas Fernandes ou Max — Foto: Rodrigo Coutinho

Clayson, uma das peças fundamentais do time nas últimas temporadas, não mantém mais um lugar garantido no time titular e está em busca de recuperar sua posição, a qual tem sido ocupada por Pitta. Denilson, meio-campista habilidoso, continua afastado por questões de peso, conforme a versão oficial do clube.

Apesar de ter padrões de jogo bem definidos para diversas situações, a principal força do Cuiabá reside nas transições rápidas. Essa característica certamente será a base da estratégia em muitas partidas, induzindo erros dos adversários. Seja pressionando alto em jogos em casa, perto do gol adversário, ou adotando uma postura mais defensiva em confrontos fora de casa, longe da fervorosa Arena Pantanal.




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